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O que é que Portugal tem que os americanos querem?

  O que é que Portugal tem que os americanos querem?

Nos últimos tempos, mais de sete mil norte-americanos escolheram Portugal para comprar casa. A maioria afirma já não querer ir embora. Descubra aqui porquê. 

O número de autorizações de residência concedidas por Portugal a cidadãos dos Estados Unidos da América aumentou 45% em 2021. E a tendência mantém-se este ano: se os norte-americanos lideram a atribuição de vistos gold, os californianos são quem mais encontram neste país da Península Ibérica o sinónimo de uma vida perfeita: um lugar seguro, com muito sol e lifestyle e nenhuma radicalização política. Ou seja, Portugal, e sobretudo as regiões do Porto, no Norte de Portugal, e do Algarve, no Sul do país, têm as virtudes da Califórnia, incluindo a qualidade de vida, o clima temperado, a proximidade do mar e os inúmeros spots de surf, mas não imita os defeitos.

 

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Olhemos para a evolução deste panorama: no final de 2021, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), viviam em Portugal 6921 cidadãos norte-americanos. Em 2010, eram apenas 2236. Se olharmos para o passado mais recente, constatamos que desde 2015 e até julho deste ano, foram atribuídos 449 vistos a norte-americanos, ou seja, 5% do universo total. E até ao verão de 2022, ou seja, apenas no primeiro semestre do ano, já foram concedidos mais golden visa a norte-americanos (135) do que em todo o ano de 2021 (101). Se somarmos todas as concessões de residência desde que, em outubro de 2012, Portugal criou este programa, verificamos que as cinco nacionalidades com mais vistos gold atribuídos são as seguintes: China, Brasil, Turquia, África do Sul e Rússia.

Numa das suas edições de Agosto, a revista "Visão" foi tentar perceber por que razão os americanos - e não apenas os reformados, mas também famílias inteiras e jovens empreendedores - escolhem comprar casa neste recanto da Europa, ficando a trabalhar daqui para o resto do mundo. A resposta comum a todos os entrevistados é simples: paz, segurança e liberdade. Mas a escolha do destino para a mudança de residência não se esgota nessa simplicidade. Até porque, no momento de procurar uma agência imobiliária, quase todos os clientes revelam a mesma preferência: uma moradia com jardim e piscina e, se possível, com vista mar. Então, o que é que Portugal tem que os americanos tanto ambicionam?

Nathan Hadlock, de 40 anos, um dos norte-americanos entrevistados pela "Visão", é peremptório: "Nos EUA, o foco é fazer muito dinheiro; cá, é gozar a vida." Significa isto que este engenheiro veio gozar umas férias eternas? Não. Fundou uma empresa que pretende tornar mais sustentáveis os solos nacionais e cujos investidores são quase todos também norte-americanos . A diferença é que, explicou, em Portugal consegue-se conciliar a vida profissional com a vida pessoal. E ele sabe do que fala. Afinal, chega cá depois de ter estado vários anos "internado" em Silicon Valley, em São Francisco, e agora conseguiu ser pai pela primeira vez. "Não me imaginava a ser pai em São Francisco. Lá, as casas são demasiado caras e as escolas também", revelou à revista.

Outro exemplo desta sintonia entre carreira e família é dado por um casal norte-americano na casa dos 30 anos, Alexandra e Utku Yavasca, que também escolheu Portugal para viver. "Quero que o meu filho tenha a mesma infância que eu: o clima, a praia, o surf. Quero que cresça em segurança, com liberdade e em comunidade. Mas não ia conseguir financiar isso em San Diego. Desde que comprou apartamento, esta freelancer (chef de cozinha que faz catering vegetariano e vegan inspirado na cozinha da Turquia, berço do marido) e mãe de um menino de dois anos, já ganhou uma certeza: "Sei que não vou voltar para a Califórnia."

Esta tendência já havia sido antecipada, em pleno período pandémico, por Ricardo Costa, CEO da LUXIMOS Christies International Real Estate, empresa focada no imobiliário premium, numa entrevista (que pode ler na íntegra, aqui concedida ao jornal de economia "Dinheiro Vivo". "Os americanos são a nova nacionalidade encantada com Portugal. A prova disso é o crescimento do interesse de investidores dos EUA em Portugal, sobretudo nos últimos dois anos. Acresce que somos a porta de entrada da Europa. Quando olhamos para o outro lado, a seguir ao mar, nós somos o país vizinho deles", afirmou a partir da sua própria experiência. A LUXIMOS tem escritórios no Norte de Portugal e no Algarve. 

A "Los Angeles Magazine" , uma revista californiana de Cultura e Lifestyle, também já havia percebido o fenómeno. E enunciava, além de todos os argumentos já mencionados, mais algumas razões práticas para o crescimento da procura dos americanos por imóveis em Portugal, calculando então o aumento na ordem dos 33%: a hospitalidade, o custo de vida, a escala do país, a fluência em inglês por parte dos portugueses, os impostos baixos, a omnipresença da banda larga e até o fuso horário, uma vez que Portugal está uma hora mais perto da Califórnia e de Nova Iorque do que o resto da Europa. 

 

 

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O que afasta os americanos dos EUA e os aproxima de Portugal

Um passaporte português pode conceder viagens sem visto para 185 países, mas esse está longe de ser o principal factor de atração para os americanos. Ouvido pela "Visão, o geógrafo Luís Mendes, que conduziu várias entrevistas a cidadãos norte-americanos que se mudaram para Portugal, corrobora as pistas elencadas: "Vêm em busca de um ritmo de vida mais calmo, de custos mais baixos e de uma maior ligação com a comunidade." Recorde-se que 5000 mil dólares por mês é o valor médio que um californiano considera razoável para conseguir viver bem. Em Portugal, viver bem não custa nem metade. A título de exemplo, o arrendamento de um T2 de luxo em Portugal pode chegar a custar 2000 euros; na Califórnia, custa mais de 6000. Para que seja possível estabelecer uma comparação, bastará lembrar que o salário mínimo nacional é 705 euros e o salário médio, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), é de 1326 euros brutos.

Mas a vida social é também um ponto a ter em consideração, como sublinham Jane Williams Barth, de 63 anos, e Peter Barth, de 67. Em conversa com a "Visão", o casal que escolheu viver em Lagoa, no Algarve, partilha, a rir, o seguinte desabafo: "Nunca tivemos uma vida social tão agitada. Nem sei como antes tínhamos tempo para trabalhar." Ela, norte-americana, e ele, sueco, há já muito tempo que passavam férias em Portugal. Portanto, a haver mudança, não haveria dúvidas. Também por causa do acesso à saúde. "Aqui pago 20 euros por uma ressonância magnética que, nos EUA, me custaria dois mil dólares."

Outro casal, Juan Ramirez e Jannette Freedkin, apaixonou-se pelo Porto e pela região do Douro, só de os ver vídeos no Youtube. Não resistiu à mudança e não está arrependido. "Os bairros do Porto lembram-me os antigos bairros de Hollywood. Mas isto não foi uma decisão romântica", esclarece Juan. "O que eu não queria era ter de trabalhar 12 horas por dia para me sustentar." A mulher corrobora: "Não queria ter de ganhar 5000 dólares só para pagar a renda, e ainda íamos precisar de uns 15 mil dólares para termos um bom seguro de saúde."

Outras razões para aquilo que muitos chamam "emigração preventiva" prendem-se com a violência e o racismo (ainda ninguém esqueceu a morte de George Floyd, assassinado em 2020, por um polícia em Minneapolis), o retrocesso civilizacional (pelo menos 13 estados vão banir o direito ao aborto, vários sem incluir excepções para gravidezes que resultem de violação e incesto, como o Arkansas, Kentucky, Luisiana e Missuri), as alterações climáticas e os fogos (em 2021, os incêndios destruíram cerca de 400.000 hectares na Califórnia) e a instabilidade política (as eleições presidenciais são já em 2024). 

Ora, para que seja atribuído um visto a um cidadão norte-americano são necessárias, entre outras coisas, ser residente fiscal em Portugal, ter uma casa onde viver, passar seis meses em território nacional e auferir rendimentos iguais ou superiores ao salário mínimo nacional. Saiba tudo aqui.

 

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