O Porto e o rio Douro preparam-se para ser o "novo Mónaco" da Europa, cuja atividade nuclear é o turismo náutico. Se o Mónaco, situado na costa mediterrânica, é o segundo menor país do Mundo, encontrando-se a cerca de 20 quilómetros de Nice, o Porto, situado na costa atlântica, é a segunda maior cidade de Portugal, encontrando-se a menos de uma hora de imersão na magnífica paisagem do Vale do Douro, a região demarcada mais antiga do mundo, reconhecida em 1756. Em comum, as regiões oferecem inúmeras experiências ao ar livre, programas privados por oposição a programas de massas, projetos turísticos desenhados à medida do visitante, infraestruturas de elevada qualidade, gastronomia premiada e marinas com barcos de recreio premium. É um traço de personalidade geográfica assente na sustentabilidade e na exclusividade, o que se espelha também no imobiliário de luxo. Exemplo disso são as quintas, para quem procura um investimento em lugares únicos na área do turismo e do negócio vinícola na região do Douro e dos Vinhos Verdes, ou os empreendimentos novos, com apartamentos com vista mar, em plena Foz do Douro, a maioria com a chancela da LUXIMOS Christie's International Real Estate.
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A grande diferença do território português, que é também a sua inimitável mais-valia, é a localização no mapa: estando posicionado no rés do chão da Europa, está o mais longe que é possível estar de todos os conflitos que ciclicamente acontecem no Mundo, conferindo-lhe uma enorme vantagem competitiva. Não por acaso, Portugal ocupa há vários anos o pódio dos destinos mais seguros do mundo. É uma posição histórica difícil de destronar, como recentemente lembrou o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, numa feira internacional dedicada ao turismo: "Portugal é um porto seguro, e é maravilhoso em termos de clima. Por isso, é procurado desde a II Guerra Mundial e sempre que há conflitos." A incerteza criada pela invasão da Ucrânia pela Rússia vem reforçar ainda mais o destaque que Portugal tem conquistado nos mercados estrangeiros, podendo mesmo vir a ganhar uma nova quota de mercado. Os turistas, os investidores e as famílias já não procuram apenas as cidades à beira mar, agora pretendem também privacidade, isolamento e a tal marca de exclusividade que é uma das bandeiras portuguesas. Daí que o Alto Douro Vinhateiro, classificado pela UNESCO como Património Mundial, tenha um potencial de crescimento como provavelmente nenhuma outra região nacional.
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No Porto e no Norte de Portugal, os mercados principais no setor do turismo náutico coincidem com os do setor imobiliário, e são o norte-americano, o canadiano, o inglês e algum mercado europeu, como o mercado alemão e holandês. O mercado interno também desempenha um papel muito importante nestes setores. Isso ajudará a explicar a rápida recuperação turística, depois dos dois anos de intervalo provocados pela pandemia de covid-19. O melhor ano nacional aconteceu em 2019, quando o país atingiu 27 milhões de turistas e 18.000 milhões em rendimentos. Em 2021, ficou em 50%, mas neste ano de 2022 as estimativas apontam para 85%. Em 2023, de acordo com a Secretaria de Estado do Turismo, é esperado recuperar os dados de 2019.
Neste cenário, o crescimento do turismo exclusivo é inevitável, pelo que o investimento é muito apetecível. Por exemplo, a Invictus Cruises, empresa de turismo náutico de luxo criada durante a pandemia, representante em Portugal da marca italiana Invictus Yacht, acaba de investir 1,5 milhões de euros num barco único no país e o 14.º no mundo (só há 22 barcos destes no mundo, todos numerados e certificados), para navegar nos 210 quilómetros das águas abrigadas do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia. A embarcação, com 14 metros de comprimento e 4,43 de largura, tem capacidade para transportar 12 passageiros e dois tripulantes. E desenha os programas de acordo com o desejo dos clientes. O aparecimento de infraestruturas hoteleiras e projetos de qualidade no Porto e no Douro também tem sido determinante para um crescimento que, contudo, tem tido a preocupação de não descaracterizar a essência da região, caindo num conceito de massificação. Em entrevista à agência Lusa, Alexandre Soares, gestor da Ondastar, acredita mesmo que o rio Douro vai ser "uma incubadora para marcas de barcos premium", deixando de ser necessário ir ao Algarve ou Lisboa comprar barcos de luxo.
No Algarve, o setor que está em alta é o dos campos de golfe, cujas reservas, segundo declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), Luís Correia da Silva, ao semanário "Expresso", já superaram os níveis de 2019. Na aviação, também é esperado um verão luminoso. O aeroporto internacional de Faro já recuperou 93% das ligações, às quais vai acrescentar seis novas rotas e 10 frequências reforçadas para oito países. Não espanta, por isso, que a companhia norte-americana Delta, com serviços diários entre Lisboa e Boston e Nova Iorque, tenha divulgado que está com “taxas de ocupação recorde entre Portugal e os EUA para este verão”.
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