A cidade do Porto foi várias vezes distinguida como Melhor Destino Europeu ao longo dos últimos anos. No final do ano passado, a cidade, reconhecida por combinar modernidade e tradição, hospitalidade e cosmopolitismo, e por ter uma proximidade do rio - no caso, do Rio Douro -, como poucas cidades no mundo (um privilégio para quem quer comprar apartamentos e moradias com vista rio), foi eleita como a 9ª melhor cidade do mundo pelo "Índice Time Out". Já os leitores da revista "Condé Nast" escolheram-na como a 2ª melhor cidade da Europa. Agora, a cidade que deu nome a Portugal surge também em destaque, nas escolhas para 2022, de várias empresas internacionais que procuram os melhores lugares do mundo para investir e que, em função dessa avaliação, divulgam um relatório anual com os melhores imóveis de luxo.
Exemplo disso mesmo são as tendências do imobiliário de luxo partilhadas pela consultora Berkshire Hathaway HomeServices e pelo "Mansion Global Custom Studios", suplemento imobiliário do jornal americano "The Wall Street Journal", que publicaram um caderno no qual garantem que o Porto está na mira dos investidores imobiliários. Esse intuito corrobora o que já fora divulgado na "Europa Cities Guide 2021", um estudo elaborado pela Knight Frank em que a cidade lidera a lista de 11 cidades europeias com mais procura no segmento premium. A consultora destaca a qualidade de vida da Invicta, cada vez mais procurada por famílias nacionais e internacionais para criar raízes numa cidade que, antecipando o que serão as prioridades do futuro, "oferece o melhor de dois mundos" sempre a meia dúzia de minutos de distância. Mas a cidade surge também destacada nos destinos de eleição dos nómadas digitais, tendo sido eleita uma das melhores cidades do mundo para o teletrabalho.
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De acordo com o "Global Luxury Landscape", documento que revela os locais favoritos para investir em 2022, as zonas da Baixa do Porto e Cedofeita são incontornáveis para quem procura uma oportunidade: as duas localizações oferecem um cenário em que abundam restaurantes, bares, galerias de arte, equipamentos culturais como a Casa da Música ou o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, e palácios e palacetes que foram construídos pela nobreza, no século XIX, e que têm atraído investimento estrangeiro, nomeadamente de mercados como Estados Unidos e Israel. Estes grandes edifícios, anteriormente abandonados, estão a ser renovados e convertidos em apartamentos e casas boutique, devidamente acomodados em condomínios fechados que privilegiam as áreas exteriores, como o jardim, o terraço e a vista.
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O relatório sublinha que estas duas zonas da cidade tiveram um aumento de preço de 10%, em comparação a 2014, o ano a partir do qual o Porto começou a observar níveis crescentes de turismo. Em 2019 foi batido o recorde da procura estrangeira, com 10,7 milhões de dormidas registadas em estabelecimentos de alojamento turístico no Porto e Norte de Portugal. O documento ressalva, ainda, que a cidade do Porto está longe de esgotar a sua margem de crescimento, destacada na sua imparável capacidade de sedução. A Baixa do Porto figura, assim, numa lista de 14 locais a não perder em 2022, a par de regiões como Colli Piacentini, em Itália, Puerto Cancún, no México, ou Virginia Beach, nos Estados Unidos da América.
Declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 2001, a cidade popularizou-se para o turismo pelas suas características naturais (riqueza arquitetónica, artística, cultural, histórica e gastronómica), mas o desenvolvimento do setor imobiliário deu também o seu relevante contributo para que os estrangeiros queiram investir na cidade e não apenas visitá-la de passagem. A nova construção e consequente oferta de imóveis comerciais e residenciais de elevada qualidade, capaz de satisfazer as necessidades dos investidores mais exigentes, fez com que o Porto consolidasse a sua posição no mercado imobiliário, sendo hoje encarado como "primeira escolha" para muitos investidores em Portugal.
A segunda maior cidade portuguesa disputa o investimento em imobiliário de luxo com cidades como Paris, Berlim, Frankfurt, Milão, Madrid, Barcelona, Viena, Genebra e Bucareste. Mas numa recente avaliação da procura imobiliária no período durante e pós-pandemia, o Porto ultrapassa muitas destas cidades europeias, fator a que não será alheio o clima e a segurança. Fica, portanto, dada a resposta aos compradores e vendedores de imóveis que, nos últimos dois anos monopolizados pela covid 19, se questionavam se o mercado iria continuar a crescer. Hoje não restam dúvidas sobre isso.
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