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Robert Mapplethorpe é o acontecimento do ano em Serralves

Robert Mapplethorpe é o acontecimento do ano em Serralves

Não sabemos se Robert Mapplethorpe (Nova Iorque, 1946–1989, Boston) ainda poderá escandalizar alguém, mas sabemos que Robert Mapplethorpe é o grande acontecimento do ano, no Museu de Serralves, no Porto. Inaugurada esta semana, a exposição do fotógrafo americano conhecido pela sensibilidade com que abordou temas controversos e pela estética do preto e branco na fotografia, contempla vinte anos de trabalho e versa sobre os três vértices da sua obra: a natureza-morta, o retrato, a sexualidade. 

Ao todo, são 179 obras, incluindo algumas das imagens mais icónicas, polémicas e surpreendentes da fotografia contemporânea, escolhidas pelo curador da mostra e diretor do espaço João Ribas nos arquivos da fundação homónima, criada por Mapplethorpe em 1988, um ano antes de morrer. "Robert Mapplethorpe: Pictures" inclui desde as primeiras colagens e polaroides até às fotografias de flores, nus, retratos e imagens de cariz sexual, que fizeram de Mapplethorpe um dos fotógrafos mais notáveis do século XX.

Robert Mapplethorpe, que chegaria a viver cinco anos (de 1967 a 1972) com a grande amiga Patti Smith ("Horses", o seu primeiro álbum, tem capa dele), começou por estudar pintura e escultura em Nova Iorque, tendo sido influenciado pela arte de Joseph Cornell e Marcel Duchamp, e pela fotografia do século XIX de Julia Margaret Cameron, de que se tornaria um ávido colecionador. 

As suas primeiras colagens e fotografias datam dos anos 60 e foram feitas com uma Polaroid, revelando o interesse crescente na sexualidade e na composição que viria a definir a sua obra. A partir de 1975 passa a usar uma câmara Hasselblad manual, cujo visor enquadrava o mundo num quadrado. Já perto da década de 80, Mapplethorpe começa a criar retratos, nus e naturezas-mortas, cujos equilíbrio, ordem e conteúdo redefiniram a fotografia como forma artística. E abre o seu primeiro estúdio na Bond Street, número 24, em Manhattan.

Nos seus 42 anos de vida, Mapplethorpe tratou todos os seus temas com igual atenção e precisão, desde órgãos sexuais ou arranjos de flores até aos retratos de amigos, amantes, celebridades e colaboradores, transformando a fotografia numa performance controlada entre o artista e o seu sujeito. Controverso e classicista, o interesse pioneiro de Mapplethorpe por sexo, género e raça reflete-se em imagens de corpos, prazer e desejo homossexuais e não heteronormativo e em fotografias suspensas na tensão entre a intensidade emotiva e política dos seus conteúdos e a clareza da sua composição. 

A Fundação Robert Mapplethorpe Inc., criada pelo próprio quando já estava doente, tem como missão propagar seu trabalho, a visão criativa e promover as causas com as quais se preocupava. Todos os anos esta fundação doa milhões de dólares a centros de pesquisa médicas, para ajudar a desvendar e combater o vírus HIV.


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