Portugal é o melhor país do mundo para investir na compra de uma segunda habitação, revela o mais recente estudo da plataforma online australiana "Compare The Market". A qualidade das cidades costeiras portuguesas, como Gaia, Matosinhos e Porto, no Norte, e Lagos, Tavira ou Portimão, no Algarve, foram decisivas para este posicionamento que resulta de uma análise que teve em consideração 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Portugal conseguiu obter uma pontuação de 7.2 em 10 pontos possíveis. Em segundo lugar ficaram, com pontuações iguais, a Hungria e a Turquia (7.06), dois países que perdem drasticamente para Portugal no campeonato da segurança. O terceiro lugar é ocupado pela República Checa (6.97), um território conhecido pela sua história e pelos seus castelos, mas que não tem sol nem praia. Portugal tem, como se sabe, 300 dias de sol por ano e mais de 660 praias, mais de metade (431) com bandeira azul. Ou seja, é o sexto país da Europa com mais praias com este galardão, o que mostra bem a grande consciência ambiental do país.
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O estudo que teve como objetivo analisar quais os melhores países para adquirir uma segunda moradia ou apartamento, destinados a férias e fins de semana ou para colocar no mercado de arrendamento, pesou o preço das casas (procure aqui a sua) e mediu parâmetros mais prosaicos, como a qualidade e o custo de vida, o número de restaurantes e até o preço da cerveja. A plataforma australiana sublinhou a beleza das cidades do litoral, o fato de a população ser muito hospitaleira e enfatizou o ritmo de vida descontraído. Também não ignorou que "o país é um ponto turístico extremamente popular", com muitos turistas a não resistirem a comprar imóveis neste pequeno retângulo da Península Ibérica, e ficou surpreendido com a intensa atividade de restauração: Portugal, que tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo Oceano Atlântico, apresenta 349 restaurantes por cada cem mil habitantes, 33 dos quais foram distinguidos com estrelas Michelin em 2022. O custo médio de vida concorreu fortemente para colocar Portugal no topo da tabela: são necessários apenas 553,37 euros mensais por pessoa. O preço da cerveja também está do lado dos aspetos positivos: cerca de dois euros. Portugal quase só perde no custo das deslocações de táxi: cada viagem custa, logo à cabeça, 3,29 euros, o que atira o país para a cauda do top 10. O Chile é o país onde as tarifas de táxi são mais baratas (51 cêntimos).
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Numa outra análise da mesma plataforma, com vista a escolher os melhores destinos para realizar investimentos no sector imobiliário, nomeadamente para daí poder retirar dividendos financeiros, Portugal volta a ficar bem colocado. Comprar casa é um dos maiores investimentos e um dos maiores compromissos que assumimos na vida, pelo que, de acordo com a "Compare The Market", é importante ter a garantia de haver lucro se um dia, por qualquer razão, for necessário vender a casa. Assim, os melhores países para investimentos de longo prazo são, de acordo com a perspetiva deste estudo, aqueles onde o preço da habitação apresenta um crescimento consistente, de preferência quando combinado com a subida do salário médio. Em Portugal, o desempenho do salário médio perde para outros países, mas a performance do preço das casas é uma das mais robustas, como se verificou durante a pandemia de Covid-19, com o mercado a resistir à quebra de preços. O mesmo está a acontecer agora face à inflação e à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Segundo o último relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o preço das casas subiu 13,2% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período homólogo do ano anterior. No segundo trimestre, voltou a subir (mais 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior), representando um “novo máximo histórico”. O maior aumento verificou-se no mercado das casas usadas (14,7% no segundo trimestre de 2022). No mesmo período, as casas novas subiram 8,4%. Comprar casa em Portugal continua, portanto, a ser um investimento seguro e rentável. Isso explica a elevada procura de imóveis, como mostram os dados do INE: entre abril e junho de 2022 foram transacionadas 43.607 habitações, o que representa um crescimento de 4,5% face ao mesmo período de 2021, e qualquer coisa como 8,3 milhões de euros movimentados.
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